"Ela é “estranha”. Tem vergonha até pelo bate-papo, tem ciúmes até de foto. Chora ouvindo sua música preferida e grita quando se assusta. É escandalosa, porém tímida, isso depende se está ou não perto dos seus amigos. Aliás, quando ela está com os amigos, perde a vergonha na cara e só faz “merda”. Sim, ela é “estranha”, mas pelo menos procura ser feliz. Ela tem uma risada alta e ao mesmo tempo uma voz suave. Faz careta do nada. Come pipoca, brigadeiro e sorvete sem culpa. Conversa sozinha, canta errado, dança como uma louca em casa, dá risada dos tombos, faz palhaçadas, conta piada velha e acha maior graça, conversa com os animais, briga com objetos quando esbarra neles. Sim, ela é louquinha, mas quem não é? E sabe uma coisa? Dane-se. Pessoas “perfeitas” são um saco."
"Decidir ir por lado de lá. O lado da esperança. O ponto da paz. Hoje não vou permitir que as lágrimas caem. Vou lavar minha alma na chuva, brotar no arco-íris as cores do meu sorriso. Vou viver. Vou respirar ar puro. Vou apertar a mão do primeiro que notar a minha felicidade e da um beijo de esquimó. Vou caminhar nas esquinas que o passado um dia me condenou e encarar a realidade. Vou apagar as cicatrizes no mar. Vou deixar as ondas levar pra longe a maquiagem que machuca o meu olhar. Aprendir que pra ser feliz eu não preciso de tempo ou um certo alguém. A vida não é fácil, quem cria o difícil somos nós. Pra enfrentar os obstáculos precisa-se ter forças. Além das armaduras eu tenho algo maior, a minha fé. Pra ser feliz eu não preciso de um céu sem tempestades, as árvores sem frutos. Eu preciso da minha estrada renovada, a minha alma resgatada."